*Terra, Wyatt Earp Middle School. 4 anos atrás. 12 horas *

Num banco, no pátio da escola, um rapaz e uma rapariga almoçavam juntos.

- Bem bom! Adoro quando a minha mãe faz-me estas sandes! - Disse o rapaz.

- Ainda bem que gostas, Sanjo! Sabes, eu sei fazer uma sandes destas... se quiseres eu faço-te uma um dia destes! - Respondeu a rapariga com um sorriso.

- Prometes mesmo?

- Claro! Um dia farei muitas sanduiches para nós os dois, que dizes?

- Que fixe!! - Respondeu o rapaz, feliz. - Aiko, eu gosto muito de...

- Aiko! É urgente, temos que ir! - Exclamou Toriyama Kai, surgindo do nada e puxando a rapariga por um braço para longe de Sanjo, nem o deixando terminar a frase.

- Que otário... Aquele Kai... Estou simplesmente farto! - Disse Sanjo para consigo, irritado, enquanto se levantava para regressar a casa.

No dia seguinte, Sanjo ainda estava de mau humor. Foi encontrar Kai sentado num banco, aparentemente relaxado.

- Kai! - Gritou.

- O que foi? - Respondeu o outro com desprezo.

- Estou farto de ti! Sempre a afastar a Aiko de mim, quem é que pensas que és?

- Não tens nada a ver com o que se passa entre mim e a Aiko. Agora vai à tua vida se não queres porrada.

- Mas eu quero porrada!

Dito isto Sanjo deu um soco na cara de Kai, deixando-o ligeiramente abalado.Este recuperou e retribuiu o soco, seguido de um pontapé que atirou o rapaz ao chão. Sanjo levantou-se, ainda mais zangado, e atirou-se contra Kai para o socar, fazendo-o cair.

- Parem já os dois, neste instante! - Exclamou um funcionário da escola, agarrando nos dois rapazes por um braço. - Vou ter de vos levar ao Director.

No gabinete, o Director repreendeu Sanjo e Kai e ordenou-lhes que não repetissem o sucedido.

- Estamos entendidos, meninos? - Perguntou severamente o director.

- Sim... desculpe. - Responderam os rapazes em coro.

- Está bem, então. Podem ir.

À saída do gabinete, Kai voltou-se para Sanjo e pediu desculpa pela sua atitude. Explicou-lhe que conhecia Aiko desde muito pequena e que tinham sido criados juntos, e que por isso estava habituado a protegê-la. Sanjo assentiu, compreensivo, e assegurou-lhe de que nunca a iria magoar. Queria apenas ser amigo da rapariga.

- Espero que possa confiar em ti, Sanjo. - Disse Kai, estendendo-lhe uma mão.

- Claro! Não te preocupes, eu trato bem dela! - Respondeu o rapaz. Após um aperto de mão, os dois rapazes correram a juntar-se de novo a Aiko.

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*Dreffel, Sayden, 23 horas*

- Sanjo! Acorda! - Exclamou uma rapariga, atirando à sua cabeça uma chave de fendas.

-Hey! - Resmungou Sanjo. - Não me acordes assim!

- Tu é que estás sempre a dormir. Não tenho a culpa.

- Asuka... é de noite. É normal eu estar a dormir. - Respondeu o rapaz, esfregando a testa.

- Mas eu não consegui esperar mais tempo... Só hoje aconteceu tanta coisa! O que achas que vai acontecer amanhã? Hã, hã, hã, hã?

- Asuka...

Sanjo não chegou a acabar a frase. No momento seguinte, a sua cabeça pendeu, fechou os olhos e voltou a adormecer.

- Não dá mesmo para falar com ele... Bem, vou é dormir. Amanhã vai ser um grande dia! Estou ansiosa por sair deste deserto e por testar as armas que comprei!

No dia seguinte, e contra a vontade de Sanjo, ambos acordaram cedo e fizeram-se à estrada. Estavam longe de saber que, de longe, alguém os observava.

- Kumokiri Sanjo... Ele é tal e qual como a Aiko o descreveu. Isto pode ser interessante.

- ATCHIM!!!

- Vai-te assoar! - Exclamou Asuka, estendendo ao rapaz um lenço de papel.

- Obrigado... - Disse o rapaz, limpando o nariz enquanto caminhavam para fora da muralha de Sayden.

E assim os dois abandonaram a cidade, sem desconfiar de que eram seguidos por um misterioso rapaz encapuzado.